Heavenly Ever After
País: Coreia do Sul
Episodio:12
Duração: 60 min
Ano: 2025
- Kim Hye Ja
- Son Seok Koo
- Han Ji Min
- Lee Jung Eun
- Chun Ho Jin
- Ryu Deok Hwan
Confesso que no início achei estranho insistirem tanto no facto de a Hae Suk não poder alterar a sua idade, mas mais tarde percebi que essa decisão narrativa era essencial para o desenvolvimento de um dos plots centrais, que envolvia a imagem dela em mais nova.
Apesar das histórias pesadas, o dorama também traz momentos de alívio. Gostei especialmente da forma como os cães foram trabalhados na narrativa. Um dos grupos de cães abandonados segue a protagonista até ao inferno para verificar se os seus antigos donos estavam a ser castigados por os terem abandonado, o que trouxe momentos surpreendentemente divertidos e inesperados. E ver os animais a reencontrarem-se com os seus donos foi comovente, quase um bálsamo no meio de tanto sofrimento. A mensagem de que os animais, tal como as crianças, são seres puros que seguem diretamente para o céu foi muito bonita e deixou-me a refletir.
A trajetória da protagonista é profundamente triste. 🔴 Aviso de spoiler: Descobrir que ela teve um filho perdido e acompanhar o desespero dela e de Nak Jun na busca por essa criança foi de cortar o coração. Ainda mais doloroso foi ver o peso da culpa que ela carregava e o sofrimento de não saber sequer se o filho estava vivo. A revelação da morte dele foi devastadora, mas a forma como a narrativa explorou o impacto disso nos protagonistas foi intensa e muito humana. O momento em que a dor da Hae Suk se torna tão insuportável que a sua mente apaga a lembrança de ter sido mãe é um dos mais marcantes. Por um lado, um alívio para ela, por outro, um fardo terrível para Nak Jun, que além de carregar sozinho a memória do filho, ficou paraplégico e teve de lidar com a difícil realidade de ver a sua esposa a sustentar a casa. Um dos pontos que mais me emocionou foi a revelação de que o padre era afinal o filho desaparecido da protagonista. A química entre os dois já fazia sentir essa ligação, e quando a verdade veio à tona, a sensação foi agridoce — bela e dolorosa ao mesmo tempo🔴 Fim de spoiler.
Outro aspeto que adorei foi a relação entre Lee Yeong Ae e Hae Suk. Apesar de não serem mãe e filha de sangue, a ligação delas foi retratada de uma forma tão genuína e tocante, que nos lembra que família é, acima de tudo, amor. 🔴 Aviso de spoiler: Descobrir mais tarde que a Yeong Ae era a reencarnação da mãe de Hae Suk só reforçou ainda mais a beleza dessa relação🔴 Fim de spoiler.
Em resumo, Heavenly Ever After foi para mim uma experiência intensa e memorável. É um dorama que combina dor, esperança, espiritualidade e humanidade de uma forma única. Fez-me rir, chorar e refletir, e isso, para mim, é a essência de uma boa história. Recomendo-o vivamente, tanto para quem já é fã de doramas como para quem está a dar os primeiros passos neste mundo.



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